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Sucesso apodrece a cabeça

Todas as pessoas exaltam os ídolos que aparecem hoje em dia. Parece que todo mundo acha que a vida de um artista, ou alguém de destaque na mídia, é algo que não tem problemas e que é o sonho maior que qualquer pessoa poderia ter. O que não sabemos é o custo dessa vida dita “perfeita”.
Quando temos sucesso em algo que fazemos, podemos, ou não, ser reconhecidos pelo que fizemos. Esse reconhecimento deve vir de pessoas que tiveram contato com o resultado do nosso trabalho e gostaram do que viram. Esse sucesso é algo diretamente relacionado com o que fizemos com nosso esforço, seja por alguma arte, seja por algum serviço, seja por algum sentimento. Podemos ser reconhecidos por qualquer das atividades que temos em nossa vida. Esse reconhecimento pode ser convertido em fama, dinheiro, carinho, até por um breve aperto de mãos. Não precisa ser, necessariamente, fama e fortuna absurdas. Pessoas normais não vão conseguir fama e fortuna de uma hora pra outra. O cara tem que ser anormal. Seja por ser um Gênio, seja por ser um Idiota. Fora essas duas possibilidades, seguimos sendo pessoas normais, que não irão tão facilmente até o “estrelato”. Galgaremos passos para isso, com sucesso, ou não.
Depois de chegar no topo do sucesso, vem outro problema. Como fazer pra essa coisa do sucesso não subir pra cabeça?!?!?!
Em alguns anos trabalhando em academias, vi isso acontecer inúmeras vezes. Professores que eram pessoas boas, que ajudavam os outros e eram humildes, por isso mesmo que fizeram sucesso, tornarem-se arrogantes e sem o menor sentimento de grupo, achando que o mundo girava em torno das aulas deles. Confesso que eu cheguei a esse ponto em alguns momentos na época em que dançava. É uma coisa doida demais, mas passamos a ver os defeitos do trabalho das outras pessoas como algo inadmissível. Antes do sucesso, pensaríamos em mostrar pra pessoa, com toda a sutileza do mundo, os pontos em que ela poderia melhorar. Depois que ganhamos o cargo de chefia, ou o status de destaque, as coisas mudam. É como se tivéssemos recebido algum poder divino, que nos coloca acima do bem e do mal, para podermos avaliar e emitir julgamentos de tudo e de todos. Essa coisa de poder é algo doido demais, pode te dar as ferramentas para fazer grandes mudanças para o bem das pessoas, ou pode, simplesmente, ser a pá que vai cavar o poço onde vais te afundar. Temos as opções de fazer uma coisa, ou outra. Só precisamos pensar um pouquinho antes de agir. Pensar em quem será beneficiado com nossa ação, pensar em quem será afetado pela nossa ação, pensar no motivo da nossa ação… Pequenas coisas, que só exigem um breve raciocínio. É tão difícil assim?!?!?!
O maior problema de agir certo, na hora certa, é a percepção que precisamos ter do ambiente à nossa volta. Em muitos momentos não temos a visão do quadro completo, não percebemos todas as pessoas que são afetadas por nossos atos e nossas palavras. Essa hora é a hora que mostra a nossa falta de humildade! Quanto mais pessoas “deixamos passar” na hora em que pensamos no que fazemos, mais mostramos que estamos nos achando superiores e parando de nos importar com as pessoas. O reconhecimento do trabalho feito não era uma sensação boa quando estávamos subindo?!?!?! Por que essa sensação é a primeira a ser esquecida quando estamos na posição de reconhecer o trabalho dos outros?!?!?!
Reconhecer um trabalho bem feito é uma grande demonstração de humildade para as pessoas que estão em destaque. Vejo isso em alguns momentos da vida, quando as pessoas sentem-se honradas de introduzir novas pessoas em seu convívio. Quando um músico traz um novo talento, quando um empregado de uma empresa dá o devido mérito para o autor de uma ideia, quando recebemos uma gratificação por uma meta atingida, quando dizemos um mero e simples obrigado por uma pessoa nos ter dado a vez no trânsito… Fazer uma típica cordialidade não é nada de outro mundo e podemos aprender MUITO com cada ato gentil e simples que temos em nosso dia a dia, nem que seja no momento em que seguramos uma porta para alguém passar com sacolas em suas mãos. Podemos tornar a vida da pessoa mais fácil por essa simples observação de que podemos ajudar em algo.
Será que não vale a pena observar os outros e ajudar, sempre que possível, em troca de um sorriso “de canto” e um obrigado, ou até mesmo um aceno de cabeça, reconhecendo nossa gentileza?!?!?!?! Na boa, eu acho que vale MUITO. Isso já alegrou meu dia algumas vezes!

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